Comentário de Gênesis, capítulos 41 a 43
Bom dia! Vamos meditar na Palavra de Deus!
Após passados dois anos que José havia sido preso, Faraó teve dois sonhos semelhantes em uma só noite e pela manhã ele ficou perturbado no seu íntimo, como relata o inicio do capítulo 41. Então chamou todos os adivinhos e sábios do Egito para pedir-lhes interpretação dos sonhos, porém ninguém conseguia. O copeiro-mor então disse: “dos meus pecados agora me lembro” e disse a Faraó que havia um jovem na prisão que interpretou seu sonho e o do padeiro-mor e ambas as interpretações foram corretas, então Faraó mandou chamar José.
Na hora certa as coisas fluirão para quem permanece fiel a Deus, mesmo após dois anos de prisão José seguia fiel ao Senhor. Ele O servia não pelo que Ele podia lhe dar, e sim pelo que Ele é!
O versículo 14 relata que ao ser chamado, José imediatamente barbeou-se e trocou de roupas, como quem estava aguardando uma oportunidade e estava alerta para segurá-la assim que aparecesse. E nós? Estamos aguardando as coisas mudarem para melhor? Ou já nos entregamos às dificuldades a ponto de nem acreditar mais em boas notícias? Quem serve a Deus pode sempre esperar o momento da virada, do livramento e da vitória!
Ao ser perguntado por Faraó a respeito das interpretações de sonhos José foi enfático: “isso não está em mim”, disse ele, afirmando que Deus daria a resposta de paz a Faraó. Nossa autoconfiança deve ter limite, devemos saber que quem nos ajuda é Deus, e que sem ele nada podemos fazer!
Após ouvir os sonhos de Faraó, José disse a ele que se tratava de uma revelação do que Deus iria fazer, e no versículo 29 lemos que José disse que os sonhos significam que haveriam sete anos de fartura e em seguida sete anos de extrema fome na terra. Ainda prosseguiu José orientando Faraó, segundo a sabedoria de Deus, para armazenar toda a comida possível nos sete primeiros anos e que colocasse um homem sábio a frente dessa missão.
Faraó creu nas palavras de José e reconheceu nele o homem sábio que deveria governar todo o Egito, pois disse que dificilmente encontraria um homem como aquele, em houvesse o Espírito Santo. Faraó disse a José que somente no trono ele seria menor que o Rei, e colocou seu anel no dedo de José, colocou-lhe roupas finas e um colar de ouro em seu pescoço.
O anel fala de autoridade, as roupas finas falam de posição social e o colar de ouro fala de riqueza. Assim é exaltado aquele que espera em Deus!
No versículo 45 lemos que Faraó ainda deu um novo nome a José que foi Zafenate-Paneia, que significa salvador do mundo. José estava com a missão de armazenar comida para prover para o mundo inteiro na época da fome, os grandes sofrimentos que ele passou e as experiências que acumulou, mesmo em apenas trinta anos de vida, o credenciaram para capitanear uma grande missão e ele a cumpriu com destreza!
José juntou trigo como a areia do mar e naquele tempo teve dois filhos com sua esposa Asenate, dada por Faraó, foram Manassés e Efraim.
O capítulo 42 inicia com o relato de Jacó conversando com seus dez filhos mais velhos, e perguntando porque estavam apenas olhando uns para os outros. Vejam o contraste, José que foi vendido pelos irmãos por inveja estava cumprindo um papel importantíssimo com influência mundial, enquanto seus irmãos estavam inertes e não conseguiam nem buscar uma saída para matar a fome de sua casa. O mais importante não é como a história começa e sim como termina!
O versículo 4 afirma que Jacó enviou seus dez filhos ao Egito para comprar comida, com exceção de Benjamim, o menor, com receio que algo de mal lhe acontecesse, vemos que Jacó não quis expor Benjamim como expôs José naquele dia em que ele desapareceu. Devemos aprender as lições que temos com a vida e com nossos erros!
Ao chegarem ao Egito, se cumpriu o sonho de José, seus irmãos se inclinaram a ele, porém sem reconhece-lo. José sim os reconheceu e começou a fazer uma série de testes imediatamente, podemos perceber que a forma como José reagiu estava planejada, isso porque certamente ele já esperava este momento, sabia que um dia seus irmãos iriam chegar para comprar comida. E nós? Nos preparamos ao menos para o óbvio?
O primeiro teste foi pedir que eles trouxessem Benjamim e que deixassem Simeão preso enquanto não voltassem, José queria saber se eles abandonariam Simeão.
No caminho de volta se depararam com o segundo teste, dentro dos sacos de comida que levavam estava o dinheiro do pagamento da comida de todos, José queria testa-los na avareza. E eles lembraram do que haviam feito a José e reconheceram que estavam passando aquele sofrimento porque fizeram mal ao seu irmão. É necessário que reconheçamos nossos erros, encobertá-los não trará cura!
Ao contarem para Jacó o ocorrido, foram repreendidos, pois ele disse que já havia perdido José e agora Simeão não havia voltado e ainda queriam levar Benjamim, então a principio não liberou o caçula para ir ao Egito.
O capítulo 43 conta que a comida acabou na casa de Jacó e ele pediu para que os nove filhos fossem comprar novamente, porém Judá respondeu que não seriam recebidos pelo senhor da terra, que era José, se não levassem Benjamim e após colocar-se como garantidor, Judá conseguiu convencer Jacó a deixar ir o menor.
Ao chegarem no Egito, José viu Benjamim, e ainda assim se conteve em revelar sua identidade, mas deu um tratamento muito melhor aos irmãos os chamando para comer em sua casa.
José foi prudente em testar seus irmãos para saber se haviam mudado, e foi nobre em se aproximar deles a medida que provavam que estavam diferentes. Devemos dar sempre uma oportunidade para nós mesmos e para o nosso próximo, isso porque Deus sempre tem misericórdia de nós quando nos arrependemos verdadeiramente!
Deus nos abençoe!
Andrei de Andrade
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